Na manhã desta terça-feira (15/08), uma carcaça de uma baleia jubarte foi encontrada por banhistas na Praia de Cordeirinho. Ainda não se sabe o que causou a morte do animal, porém, por estar em estado de decomposição, acredita-se que a baleia já estava morta há um tempo.
De acordo com informações, a baleia tem cerca de 7 metros de comprimento e o mau cheiro já se instalou pelo local.
Os responsáveis pela autópsia do animal já foram acionados.
Vale destacar que o corpo do animal será retirado pela equipe da autarquia de Serviços de Obras de Maricá.
SOBRE A BALEIA JUBARTE
As baleias jubarte são parte do grupo dos misticetos ou “baleias de barbatana”, ou seja, animais que ao invés de dentes possuem em ambos os lados da boca uma cortina de cerdas filtradoras – as “barbatanas”, muito semelhantes a escovas. Esse aparato permite às jubartes se alimentar de pequeninos organismos do plâncton marinho, o krill, especialmente aqui no Hemisfério Sul, o krill é um diminuto crustáceo semelhante a um camarão extremamente abundante nos mares ao redor da Antártica. As barbatanas também facilitam a captura de pequenos peixes de cardume como sardinhas e similares. Abrindo sua enorme boca e expandindo suas pregas ventrais, a jubarte “abocanha” grande quantidade de água, que é então expelida através das barbatanas, retendo apenas o alimento.
Como todos os mamíferos, incluindo os seres humanos, as jubartes respiram ar. O “esguicho” característico das baleias, a que damos o nome de borrifo, não é água jorrada para cima, mas sim ar quente expelido a grande velocidade quando o animal expira, e água vaporizada que se acumulou sobre seu orifício respiratório.
Ao longo de milhões de anos de evolução, a partir de ancestrais terrestres, as baleias e outros cetáceos – grupo que inclui também os botos e golfinhos – tiveram suas narinas movidas para o alto da cabeça, o que facilita sua respiração no meio aquático. Estima-se que as jubartes possam permanecer até cerca de 30 minutos submersas, e alcançar mais de 600 metros de profundidade em seus mergulhos, mas no geral aqui no Brasil são avistadas fazendo intervalos respiratórios bem mais curtos e mergulhos bem mais rasos.
Informações obtidas através do site Baleia Jubarte.
Imagem de destaque: Rodrigo Waves