Em meados de 1887, um grupo se formou e aplicou suas economias com objetivo de trazer a estrada de ferro para o município de Maricá. Uma eleição foi feita para definir a diretoria que daria o pontapé inicial neste projeto, sendo os integrantes: Barão de Inoã (Presidente), Sebastião de Azevedo Araújo e Gama (Secretário), Joaquim Mariano Álvares de Castro (Conselheiro Fiscal) e Manoel Joaquim Henriques de Azevedo Farias (Tesoureiro).
O ano de 1887 foi dedicado à formação e organização do grupo, que contou com diversas reuniões, mas as dificuldades começaram a surgir mais cedo, pois em 1888 foram aplicados embargos, além das dificuldades, que permitiram apenas o trajeto Alcântara e Rio do Ouro.
Os recursos estavam escassos em 1889, no entanto, foi nesse ano que novos membros aderiram à ideia e a pequena e vitoriosa inauguração da estação de Buriche, em Itapeba, iniciou seu funcionamento.
Após 5 anos, foi a vez da estação Maricá ser inaugurada.
O grupo formado já não tinha tanta força e dinheiro para continuar, a sua última cartada foi a inauguração da estação Manoel Ribeiro em 1901. O empreendimento aos poucos começou a dar frutos, mas logo mudaria de mãos.
A administração da ferrovia foi passada para uma companhia belga e depois transferida para a Companhia Generale Ax. Chemins de Fer.
Em 1933, os trilhos foram prolongados até Cabo Frio e foi operada a sua integração com a Central do Brasil.
A estrada de ferro teve seus anos de glórias e crescimento a partir de 1901, porém, sua derrocada iniciou nos anos 60.
Em 1963, a estrada de ferro já não tinha mais utilidade e importância. Os ônibus já circulavam.
Foi decretado o seu fim em 1964, as linhas foram arrancadas até Santa Isabel, desativando a linha férrea.
Informações obtidas através do “Compêndios da História de Maricá” da Alexandra Lambraki.